Sigaretta


Fantasias moldadas na fumaça de um cigarro
Vontades tão ínfimas que muito perduram
Até dissipar-se com o vento
Bobagens as quais me agarro
Que no peito sempre habitam
Trazendo aquele bom pressentimento. 
*****
Desejos vivos como as cinzas
Alimentando-se quanto a si próprias consomem
Só por um momento iludido
Como se assim pudesse fechar as feridas abertas
Como se o sofrimento atrasassem
Parecendo um invencível destemido.
*****
Sonhos queimando com o tabaco
Consumados um após o outro
Nutrindo a tola esperança
De romper qualquer obstáculo
Ou vencer pouco a pouco
Aqueles medos de inocente criança.

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