Horizonte


Hoje me peguei fitando o horizonte
Comtemplando o vazio de minha própria alma
Revivendo esboços de memorias passadas
Sem ao menos saber se alguma delas era real.
O olhar perdido em meio a torrente
O medo acariciando os cabelos com mão calma
Dores em um peito consoladas
Lágrimas para alegrar o funeral.

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Menina calada
Cega pela presença constante da solidão
Vendendo seus largos sorrisos
Para comprar um pouco de afeição
Pela saudade massacrada
Ainda assim abre o coração
Como a chuva que alimenta rios
Crendo fielmente na renovação.

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Hoje me peguei fitando o horizonte
Deixando a mente inconsequente divagar
Recordando momentos tão aguardados
Que sequer aconteceram.
Garganta gritando silenciosamente
As cicatrizes a alma a decorar
Prazeres imensamente estimados
Acalentados por pesadelos que assombram.